O Brasil pulou para a posição 84ª no ranking dos melhores IDH`s do mundo.
O Brasil parece um avião moderno, mas com motor de ultraleve pilotado
por amadores. Esta é a metáfora apropriada para a posição do IDH (Índice
de Desenvolvimento Humano) do País. Apesar de ter subido uma posição no
ranking de 187 nações avaliadas do mundo, ainda estamos muito longe do
ideal. Continuamos atrás de vários países aqui da América Latina:
Argentina, Venezuela, Peru, Jamaica, Costa Rica, Venezuela e Peru.
Como sempre a educação é o nosso principal entrave. Que paradoxo! Se economicamente somos a 7ª potência no mundo, em termos de desenvolvimento deixamos a desejar. Crescimento e desenvolvimento não são a mesma coisa. O primeiro é quantitativo. Já o segundo é mais qualitativo, ou seja, depende de índices sociais.
O resultado tem uma causa: a baixa qualidade dos líderes e
administradores. Se não faltam recursos, pois a economia mostra isto,
então o que falta? Sem dúvida, a falha está na visão, definição de
prioridades, compromisso real com o futuro, foco e execução. A mudança
passa necessariamente por uma educação integral e de melhor qualidade,
que prepare o jovem para o século XXI.
Não adianta melhorar a educação, a partir de paradigmas
ultrapassados. Os resultados avançarão, mas ainda muito lentamente.
Estamos num mundo veloz e competitivo. A tão falada revolução na
educação, por aqui, não sai do sonho. Porque, simplemente, não é uma
real prioridade do governo. Voltamos toda a atenção e investimentos para
a Copa do Mundo de 2014. E por que não fazemos, paralelamente, o mesmo
em relação à educação?
7,2 anos em média dentro de uma sala de aula ainda é pouco para
superar as desigualdades do País. As crianças no Brasil estudam menos do
que na China, África do Sul e no Chile.
Um dos vilões do IDH brasileiro não é o capitalismo selvagem, mas o
sistema tributário do País, que precisaria ser modificado. Quem se
interessa por isto?
A Noruega, que ocupa o 1º lugar no ranking mundial, tem uma renda
nacional bruta quatro vezes melhor que a nossa e o dobro do tempo de
escola.
Da Editoria/Blog
Com Jornal do Comércio
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