GUERRA CIVIL

BLOG DE WILLIAM SANTOS | 10/15/2013 03:45:00 PM | 0 comentários

As diversas camadas do povo brasileiro, cada qual com seus interesses ligados ao dia a dia, avaliam até onde querem chegar os baderneiros de plantão que agem criminosamente contra o patrimônio público e privado. Desde o violento episódio causado pela majoração de tarifas de ônibus urbanos, em irrisórios vinte centavos, a depredação de repartições públicas, bancos, shoppings, supermercados, alcançaram até modestas barraquinhas de jornais e revistas, vem tirando o sono do povo brasileiro!
Os pseudomotivos expandidos por estudantes, professores, médicos, bancários, carteiros, sem terras, sem casas e até os ‘sem vergonha’ vão tirando sua lasquinha da paciência humana e deixando rasto de depredações, incêndios, miséria, prejuízos e crimes. Danado que as forças públicas são intimidadas por parte da imprensa e de entidades que se rotulam dos direitos humanos enaltecendo os desmandos resistentes de bandos organizados e ferozes, sem respeitar o direito e a legalidade. O natural açodamento decorre do calendário das eleições majoritárias previstas para 2014, potencialmente visto como de grande possibilidade para ingressarem num confronto acima do previsto!
A violência tem sido o estopim para a fixação de revoluções internas em nosso Brasil, a exemplo de guerras como a da “Balaiada” em 1832, os “Canudos” 1897, e a de “Princesa” em 1930, exemplos da rebeldia do povo brasileiro.
Historicamente, em ampla mobilização social, por volta dos anos sessenta o confronto político e ideológico também chegava a uma situação, semelhante aos atos criminosos dos baderneiros de hoje, nas diversas cidades brasileiras. Somente com a saudosa Lei 6.683/79, também conhecida pela “lei da anistia”, de iniciativa do então presidente João Figueiredo fora decretada a desejada paz em torno dos “crimes políticos”.
Aos mais idosos, é possível vislumbrar um horizonte bem parecido ao caos institucionalizado em nosso país em 1964, hoje com mais ousada intensidade onde o governo federal e dos Estados, cruzam os braços de conter a fúria desenfreada de bandidos mascarados, despidos de qualquer educação e ideologia.
Acredito piamente que a grande maioria do povo brasileiro deseja ética, legalidade, transparência e compostura dos poderes constitucionais, em contraponto, detestando o chão lavado com sangue de inocentes, numa batalha fratricida e desnecessária.
Na marcha que vai, o bom senso não indica uma rápida possibilidade da volta à tranquilidade, sem que a verba pública saia dos cofres estatais para áreas da educação, saúde, segurança, habitação e saneamento. Claro, além de corte profundo nas verbas inespecíficas e supérfluas da administração pública com corrupção, desvios de verbas públicas, salários defasados e a inflação dando sinais de estar viva!
Nesses tempos tenebrosos, baderneiros querem a imediata desestabilização e destruição da atual política brasileira derrubando o capitalismo e abrindo novo sistema, à
moda de países sul-americanos enfronhados em ditaduras socialistas. Contudo, ainda há tempo suficiente para a guerra civil não se instalar, custe o que custar!

MARCOS SOUTO MAIOR 
Advogado e desembargador aposentado

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