Pesquisa da FIRJAN coloca gestão de Zé Leonel entre as 5 piores do Brasil em gestão fiscal ano de 2011

A Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) realizou uma pesquisa em todo o Brasil para saber como os gestores têm lidado com a folha de pessoal e a receita municipal. Com o levantamento, foi constatado que, pelo menos, 236 municípios brasileiros ultrapassam o teto de 60% das Receitas Correntes Líquidas (RCL) com a folha de pessoal, fixado pela Lei de Responsabilidade Fiscal. 

 

As cinco piores cidades estão no Nordeste e na lista aparece o município de Mulungu, na Paraíba, ao lado de Belém de São Francisco (PE), Pedro Velho (RN), São Bento do Trairí (RN) e Senador La Rocque (MA).

 

Leia a reportagem publicada no jornal Correio Braziliense:

 

Pelo menos 236 municípios brasileiros ultrapassam o teto de 60% das Receitas Correntes Líquidas (RCL) com a folha de pessoal, fixado pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Em média, essas prefeituras comprometem 65% do que arrecadam com o pagamento de salários dos servidores. Para piorar a situação, outras 399 administrações de cidades não encaminham ao Tesouro Nacional os relatórios das contas públicas. Os dados fazem parte do Índice de Gestão Fiscal elaborado pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) com base em números referentes ao ano fiscal de 2011. 

 

O gerente de Economia e Estatística da Firjan, Guilherme Mercês, explica que o índice mede a qualidade de gestão dos municípios. Para isso, técnicos da entidade avaliam as despesas com o funcionalismo, a capacidade de geração de receita própria, os investimentos, o custo da dívida pública e o montante de restos a pagar deixados de um ano para o outro. Ele detalha que, entre 2010 e 2011, o indicador geral se manteve estável, na casa de 0,52 — quanto mais perto de 1, melhor a avaliação da cidade. 

 

As capitais Macapá (AP) e Boa Vista (RR) estão na lista das que ultrapassaram o limite da Lei de Responsabilidade Fiscal para honrar os salários dos servidores. Natal (RN) e Goiânia (GO), por sua vez, apresentam problemas na gestão da folha de pessoal. “A pesquisa aponta que, entre os 500 municípios com maiores dificuldades, a grande maioria se concentra no Nordeste e no Norte do país. Também chegamos a essa conclusão quando analisamos o item gasto com pessoal”, comenta Mercês. 

 

Entre os itens que compõe o indicador fiscal, o economista da Firjan detalha que o de gastos com pessoal teve até uma melhora, mas a melhor gestão dos salários não se traduziu em aumento dos investimentos em infraestrutura nas cidades brasileiras. O ritmo de liberações de recursos para obras diminuiu, e o dinheiro economizado foi usado apenas para reforçar o caixa das prefeituras. Os cinco municípios que apresentam os melhores resultados são Poá (SP), Jaceaba (MG), Balneário Camboriú (SC), Baurueri (SP) e Piracicaba (SP). Os cinco piores são Belém de São Francisco (PE), Pedro Velho (RN), São Bento do Trairí (RN), Senador La Rocque (MA) e Mulungu (PB). 

 

Mercês destaca que a gestão ineficiente das contas públicas impede que serviços de qualidade sejam oferecidos à população. Por isso, os recentes protestos nas ruas. “Para o país, é importante que a infraestrutura urbana funcione. Sem ruas asfaltadas, luz, saneamento básico, educação e saúde, nada prospera. As empresas não conseguem contratar mão de obra qualificada ou sequer entregar um produto de qualidade”, diz.

Da Redação

Com ParlamentoPB  Veja: AQUI