TEMPESTADE DE AREIA

BLOG DE WILLIAM SANTOS | 3/16/2012 09:32:00 AM | 0 comentários


Enquanto criança me entusiasmava e chamava atenção às tempestades de areia nos filmes de artistas com turbantes, cavalos e espadas reluzentes.
                                               Hoje, na recente viagem aos Emirados Árabes, acordei um dia com o lençol que cobria a cama suavemente salpicado com uma fina areia.
                                               Sem saber de onde vinha, até pensei que tinha dormido com os pés sujos... Apressei minha esposa Fabíola em sair dos aposentos e ganhar o mundo árabe. Já no restaurante no café matinal, em mais um dia ensolarado como os anteriores, olhamos para o horizonte e constatamos uma nuvem que encobria toda paisagem deixando a impressão do céu de Dubai estar encoberto numa cortina extensa de névoa.
                                               Ao sairmos, na porta do navio em que estávamos alojados, funcionários de máscara e óculos pediam para esperar um pouco, pois o vento era muito forte e desagradável.
                                               Sem medo da tempestade, entramos num táxi e, mesmo à distância do centro da cidade, o motorista apontou para o Burj Khalifa, maior edifício do mundo, envolvido numa poeira que só permitia distinguir sua sombra.
                                               A população árabe, já acostumada com as tempestades de poeira, seguia normalmente, o que nos fizemos também.
                                               O jantar agendado no famoso restaurante Burj Al Arab, edifício em forma de vela de barco, símbolo de Dubai, construído em uma ilha artificial com 280 metros quadrados, representa a fantástica determinação dos petrodólares, em ser diferentes.
                                               A tempestade, aos poucos, foi sentando a areia no chão e tudo voltou ao normal, garantindo nosso jantar numa noite com boa visibilidade.
                                               Precisamente às 19h30min chegamos à entrada no fabuloso edifício, acompanhado dos estimados amigos Humberto e Walkiria de Araújo sem disfarçar a curiosidade. Para o leitor avaliar a menor diária custa novecentos dólares e as suítes os gastos não têm limites.
                                               Atravessamos uma moderna e bem iluminada ponte ligando o continente à ilha artificial do edifício, com simpáticos seguranças confirmaram nossas presenças e, finalmente, chegamos à entrada principal, com bela recepcionista nos conduzindo pelo átrio do edifício com cento e oitenta metros de altura, quase tudo foliado a ouro!
O elevador nos conduziu até o famoso restaurante panorâmico Al Muntaha com mesas reservadas, observância do horário exato tudo confirmado com antecedência, ainda no Brasil.
Cardápio internacional, escolhemos frutos do mar regado a um bom vinho numa noite deslumbrante que passou como sonho das mil e uma noites!
Aproveitamos para percorrer os diversos ambientes do imponente Burj Al Arab, onde o ouro é uma realidade palpável, com direito a contínuo show de iluminação das águas que jorram alegremente dançantes no imponente átrio do mirabolante edifício.
Com previsão de mais cento e vinte anos do petróleo jorrando dos poços dos Emirados Árabes Unidos o luxo e a beleza continuará seduzindo e encantando turistas de todo mundo. Vale até conferir a máquina caixa eletrônica vender ouro no cartão!
                                                             Marcos Souto Maior 
                                                            Advogado e desembargador aposentado


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