CAOS EM AEROPORTOS BRASILEIROS

BLOG DE WILLIAM SANTOS | 3/05/2013 04:13:00 PM | 0 comentários



Exponho lamentável ocorrência, onde fui protagonista sem desejar ser! Reporto-me ao caos instalado no Aeroporto Juscelino Kubistchek, da Capital Federal, bem nas barbas do poder federal, paralisando pousos e decolagens por mais de duas preciosas horas, com confinamento de tripulações e passageiros, nas pistas de acesso daquele inferno.
Dia 1º de março sai cedinho para pegar o voo SAO – BSB JJ3716, saindo do pequenino aeroporto de Congonhas, no centro da cidade de São Paulo, administrando com competência que todos desejam: cumprimentos de horários marcados.
A escala em Brasília aconteceu no horário previsto, e logo ocorreu o pouso. Surpreso, o piloto logo avisou: “existem cinco aviões parados à nossa frente, nas pistas”. Passados alguns minutos, ainda o piloto da TAM, anunciou aborrecido: “estou pilotando há mais de dezessete anos e nunca vi nada desse tipo”.
Já os comissários, histericamente, exigiam que os passageiros não se levantassem, nem para ir aos precários banheiros da aeronave onde uma dor de barriga teria sido fatal!
Liguei meu celular para me comunicar com a Infraero, tendo sido informado que a administração do aeroporto JK fora terceirizado, desde final do mês de fevereiro e início de março. Assumiram as responsabilidades a empresa privada que formou o consórcio “Inframérica Aeroportos” que pagou a bagatela de R$ 4.501 bilhões, com ágio de 673,89%.
Pois bem, consegui o telefone da Inframérica onde uma mulher muito animada, me atendeu, e disse que faltara energia elétrica em todo o aeroporto JK. Pedi detalhes, no uso da minha cidadania, e a resposta da Inframérica foi de não haver previsão no restabelecimento da energia. Além do mais, ela disse que estava ocupada concedendo entrevista à imprensa... Anotou meu nome e disse que reportaria. Ainda hoje espero!
Depois de mais de duas horas de constrangimento, os passageiros foram libertados pela “Inframerda” e, minha conexão, voo JJ-3482 com destino final a João Pessoa, o alvoroço dos pilotos fez ligar as turbinas e foram embora de qualquer jeito.
De plano, reneguei à proposta indecente da TAM de descer para o Rio numa outra desnecessária e longa conexão.
Não tinha mais voos para meu destino. Colocaram-me numa Van caindo os pedaços para me levar a um hotel, na periferia de Brasília, sem o menor e necessário conforto pelo que pagamos.
Imagino até, que a presidenta Dilma deve ter superficialmente sabido do caos no aeroporto brasiliense, e irá adotar providências urgentes, até porque a Copa das Confederações está bem perto.
Finalmente faltou à licitação aeroviária pública do governo federal, as garantias reais e experiência palpável para evitar a incompetência de um consórcio meia tigela, que só visa lucros. E o povo é quem paga o pato...

MARCOS SOUTO MAIOR 
Advogado e desembargador aposentado

Category:

0 comentários